
Nossas mentes trancafiadas de nada valem. Lauren possuía em seus olhos um brilho de quem algo mais desejava, sempre fora assim, caminhou em minha direção, sentou-se numa poltrona confortável, me fitou aos olhos, disse calmamente. "Não tenho certeza de que esteja fazendo o que é certo!", subitamente minhas palavras saltaram da minha boca como artilharias pesadas sem direção correta, "O que te faz ter tanta certeza?"; a resposta que recebi não era digna de presença em meus pensamentos. Talvez sempre estivera certa afinal, como nas primeiras opiniões que me dera, e devesse por fim ceder-me às injurias da subordinação. Afinal o que certo realmente seria? Ignorar os pecados sociais em que vivo e decapitar minhas opiniões numa guilhotina imaginária? Ou me sacrificar em prol de uma sociedade futura desconhecida? Ambas, de acordo com Lauren deveriam ser levadas em consideração, mas a verdade é que apenas uma parcialmente merecia a consumação. Estremeci, escolhendo o mais fácil, permitindo que a opinião alheia encontrasse o caminho dos meus pensamentos.
Elcimar Reis.
- 09:00
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