Sangue social.
21:23
O silêncio me feria, com seus ruídos inaudíveis ou com os sons que não propagava. Me fazendo questionar minha sanidade, uma vez que considerava o "ser monótono" algo errado, sendo que tal ser era o objeto de desejo de tantos! Contudo não me conformo com o "parado", com o "silêncio", com o "não fazer". Entrego-me, de fato, às minhas ambições, aos meus desejos. Permitindo-me ser guiado por tais, se ao final de caminho, de fato, estiver o que espero. A capacidade de enfrentar-me, ou lhe enfrentar, nunca foi-me um desafio; grito, mato, devoro. Afinal, sou um ser da tua sociedade carnificina que agride, que ataca. Na "floresta de muros" onde só vivem os mais fortes, aprendi não temer, e sim fazer temerem; mesmo que morra envolto nas consequências do atos que eu mesmo criei.
Elcimar Reis.

